Qual o corpo ideal? Como gostaria que me vissem? Como me vejo no espelho? Qual o meu tamanho?
Será que alguém sabe responder?
O que é ideal ou sera que o ideal é aquilo que idealizo? E mesmo assim, vejo-me diferente em cada espelho que olho.
Construir uma imagem, é pura abstração. Como que eu gostaria de ser? Depende da hora, lugar, situação… Ou seja, como saber o peso ideal se a cada momento estou em situações diferentes, com demandas diferentes, e alem de tudo com humor diferente…tem dias que me gosto. Outros não! Afinal, dói pesos duas medidas!
O que quero trazer é ser quem sou a cada momento: sou o que posso ser.
Difícil é suportar tanta ambivalência e conflito, sendo que sou apenas quem sou, a cada instante, posso mudar em minutos e me ver de outra forma.
Para mim esta é a essência da existência.
E a surpresa que é viver.
Monotonia não existe. Poder conviver com tantas possibilidades e contrastes, e aceitar cada momento da forma que posso “enxergar”. Certamente falo de um enxergar subjetivo, com o olhar que posso ter para mim: as vezes feliz, outras vezes critico mas pode ser também generoso aceitando as imperfeições decorrentes da nossa condição humana de ser!
Esta condição humana, que permiti muitas vezes a escolha do olhar que dou para mim, e para o mundo.
Assim sendo, que peso devo dar a tudo isso?
O peso ideal não é o da balança ou tabela medica / nutricional, mas sim o peso que dou a cada sensação, a cada gesto humano, a cada movimento que gere satisfação e bem-estar. Que possa levar a um conforto interno de tranquilidade com quem sou!
Miriam Halpern
Psicologa e Psicanalista
mhalperng@gmail.com