Já há algum tempo, li o livro que dá titulo a este artigo de autoria de Nilton Bonder, rabino querido do Rio de Janeiro.
Já é intrigante de início, seu título traz curiosidade.
O que um rabino poderia dizer a respeito, afinal, a imagem de um religioso é de uma certa ideia, correto e tradicional.
Fiquei admirada ao ver o livro e logo começo a ler, afinal, que historia é esta? Aprendemos que temos que ser corretos, íntegros e sobretudo “fazer o bem sem olhar a quem”.
E que tempos bicudos são estes em que nada disso acontece, ao contrário!
A evolução acontece quando alguma transgressão se comete!
Podemos parar e pensar o que é transgredir, pois temos transgressão, como atitude pejorativa ou irresponsável. Vou ao dicionario:
Transgredir: Ultrapassar limites de algo: atravessar
Fleming, ao descobrir a penicilina, transgrediu o que conhecia.
Freud, ousou pensar além do que era estabelecido para sua época.
Edson, o inventor do telefone, (entre outras coisas) inventou o telefone por amor: sua esposa era portadora de deficiência auditiva , e o telefone surgiu a partir do amplificador de som.
O avião de Santos Dumont, veio de uma experiência e ousadia em não conformismo em poder voar. Assim, transgrediu o estabelecido e fez o 14 bis .
Em nosso mundo, existem milhares de exemplos de transgressões úteis e promotoras de progresso.
Vivemos um mundo, onde o enrijecimento moral e político, mostra a dificuldade em mudar.
Estamos estarrecidos com isso tudo!
Transgredir é necessário para que mudanças ocorram, mas a historia vem mostrando transgressões maldosas e desrespeitosas. Não é dessa que precisamos, mas de almas que desejem mudanças, que possam ultrapassar e transformar o mundo em um mundo melhor, mais alegre e colorido.
Onde as floresta, plantas, animais e homens possam viver, cada um a sua maneira.
Onde o Imoral, seja a conquista de novos modelos e experiências. E a transgressão seja a soma de atitudes construtivas que possam somar e produzir um planeta melhor!
Miriam Halpern
psicóloga e psicanalista
mhalperng@gmail.com